quinta-feira, 7 de agosto de 2014

‘É preciso aumentar os investimentos em inovação e na produção de conhecimento’


Eduardo Campos, candidato à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, reiterou seu compromisso com a produção tecnológica como base para o desenvolvimento econômico a partir da ampliação do investimento à inovação e à produção do conhecimento.
“Temos a missão de revitalizar o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para ajudar na retomada do crescimento. O Brasil pode produzir mais, melhor e mais barato, e aumentar a competitividade dos nossos produtos lá fora”, afirmou o presidenciável durante encontro com a comunidade científica na Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro.
O caminho passa, segundo Eduardo, pela mudança nas políticas de incentivo e financiamento às micro e pequenas empresas do País. “Precisamos incentivar, por exemplo, investimentos em fundos de capital de risco para subsidiar essas empresas, que são incubadoras e produtoras de conhecimento”, disse.
Após o pronunciamento na ABC, Eduardo falou com a imprensa e reforçou sua posição sobre a política do governo de investimentos em produção tecnológica no Brasil, que tem como principais entraves a burocracia e o contingenciamento dos recursos entre União, Estados e municípios.
“Chegamos em 1,2% do PIB e, com isso, entramos em um ciclo de redução de investimentos em uma área fundamental para a economia. A União e os Estados precisam investir mais para chegarmos à meta de 2% PIB, com investimentos públicos e privados. Em países mais desenvolvidos esse número chega a 3%”, lembrou.
“Hoje se tem um olhar de curtíssimo prazo, de fechar as contas mês e o balanço semestre. É uma economia de palito que não traz equilíbrio. Uma das questões mais graves acontece dentro do BNDES e da Finep, quando se retirou o apoio ao Tesouro Nacional nas pequenas e médias empresas”, disse. “O subsídio aos juros hoje, no Brasil, chega perto de R$ 55 bilhões. Toma-se dinheiro em taxa Selic, e não se investe em quem poderia estar no mercado fazendo uma IPO”.
Ao lado de Eduardo, a candidata a vice, Marina Silva, destacou a importância da inovação como base para o desenvolvimento sustentável. “Há muito conhecimento desenvolvido e desperdiçado no Brasil por falta de uma atitude de integrar aqueles que conhecem a tecnologia aos que querem produzir”, disse.
Campos afirmou ser importante levar ao debate público marcos legais como a questão da biossegurança, da Lei de Inovação e o Código de Ciência, Tecnologia e Inovação, como temas importantes para a agenda de 2015.
O presidenciável também relembrou as conquistas à época do governo de Pernambuco, em que dedicou atenção especial à agenda de ciência e tecnologia no Estado, ao longo de sete anos de mandato.
“Multiplicamos o orçamento em 15% com tecnologia, garantimos a legislação apropriada por meio de um debate sobre o sistema estadual tecnologia, abrimos um processo de formação pessoas, financiado às expensas do Estado e que, hoje, faz com que Pernambuco seja um polo tecnológico brasileiro, com bolsas mais bem pagas do que as do Sistema Nacional. São mais de 800 doutorados e de 1400 mestrados financiados em diversas áreas conhecimento.”
Durante a conferência, a ABC entregou aos presidenciáveis o documento intitulado “Por uma Política de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação“, subscrito pelo Conselho Nacional de Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap) e pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que apresenta as sugestões da comunidade científica para o próximo governo no âmbito da produção tecnológica.
Assessoria de Imprensa da Campanha Eduardo e Marina 40

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